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sábado, 19 de dezembro de 2009

O primeiro vôo de Santos=Dumont


Para que o trabalho de um ilustrador seja fiel aos relatos, é muito importante que ele conheça a fundo o tema que está ilustrando, porém, é muito difícil hoje em dia voar num dirigível de hidrogênio sobre os céus de Paris.

Existem coisas que posso fazer para ter minhas próprias referencias do gênio S=D.

Em vôos de balão tive a oportunidade de presenciar algumas das coisas que S=D descreve em seu relato.

O que mais me surpreendeu foi o triplo arco-íris: “(acima da camada de nuvens) o sol projetava a sombra do balão; e nossos perfis,fantasticamente aumentados, desenhavam-se no centro de um triplo arco-íris.”.

Outros tópicos que parecem ser mitos se comprovaram. É bem verdade que o latido dos cães é uma das únicas coisas que se ouve lá de cima, as pessoas parecem com formigas, as casas com brinquedos, etc.

Outra referencia importante é a da proporção. Tudo que um ilustrador aprende em terra baseia-se no que os estudiosos criaram em terra, pontos de fuga e perspectiva de ruas e casas do ponto de vista de uma pessoa em pé no solo, mas qual é a perspectiva de alguém no ar (veja esta foto do meu pé no fundo do balão e o carro no solo a uns 50 metro de altitude).

Outro ponto importante é o da tecnologia, o balonista atual não voa mais em balões de hidrogênio devido ao perigo de uma explosão, não usa mais o guide-rope (no caso do piloto que me levou ele nem mesmo sabia o que era isso), no entanto, o cesto de vime continua sendo a melhor e a mais segura opção para a atividade até os dias de hoje.

Veja algumas das ilustrações usadas a partir destas referencias no artigo sobre “o primeiro vôo de S=D”.

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